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Psicomotricidade na educação infantil: Trabalhando o desenvolvimento da criança

Colégio Jardim São Paulo - 4 de fevereiro de 2020

O termo “psicomotricidade” pode até não ser muito comum no dia a dia da maioria das pessoas. Mas, para quem está envolvido com a educação de crianças – seja com uma em casa, seja trabalhando com elas em creches e escolas – esse conceito é bastante importante. A psicomotricidade se refere a habilidades essenciais para o desenvolvimento de seres humanos, relacionando a formação da consciência emocional do indivíduo, sua cognição e seus movimentos corporais.

Para esclarecer um pouco mais, é importante entender a origem da palavra. Do grego, o prefixo “psico” (psyche) significa alma ou mente, enquanto o sufixo “motricidade” vem do termo latim moto, que se refere a movimento. A união dos dois termos deu origem a uma área de estudos que se dedica a entender a conexão entre os aspectos emocionais, cognitivos e motores nas diferentes etapas da vida.

A psicomotricidade entende a vida humana como um sistema holístico em que cada indivíduo é formado pela harmonia das habilidades físicas, emocionais e cognitivas que interagem entre si, tornando a pessoa capaz de exercer atividades cotidianas, de interagir com o ambiente social e de adquirir capacidades físicas e intelectuais ao longo da vida.

Durante a infância, as crianças desenvolvem cada habilidade no seu tempo, conforme os estímulos que recebem dos ambientes que frequentam. Nesta etapa, a capacidade psicomotora se manifesta nas diferentes atividades que são parte do cotidiano. O simples ato de escrever uma palavra é um exemplo de atividade que depende de um bom desenvolvimento psicomotor. No entanto, muitas outras atividades que dependem da psicomotricidade fazem parte da vida infantil, como andar de bicicleta, desenhar, equilibrar objetos, pular corda, brincar de bola e qualquer outra que envolva a coordenação motora.

A psicomotricidade no desenvolvimento infantil

A psicomotricidade é parte essencial do desenvolvimento da criança e é algo que influencia na sua capacidade de realizar diferentes atividades ao longo da vida. Como é durante as fases iniciais da vida que muito da nossa capacidade motora, emocional e cognitiva é desenvolvida, é recomendado que, tanto na escola quanto em casa, a criança seja exposta à diferentes estímulos que trabalhem um conjunto amplo de habilidades.

Entendendo que o conhecimento evolui do geral para o específico, a psicomotricidade busca estimular nas crianças o domínio de habilidades gerais que, mais tarde, podem ser aperfeiçoadas e avançadas. Sem dominar o andar, por exemplo, uma criança não pode aprender a correr. Sem aperfeiçoar o equilíbrio, terá dificuldades em aprender a andar de bicicleta e patinar, estando mais suscetível a quedas ao longo da vida. Sem consciência corporal, sem raciocínio e sem ritmo, as dificuldades para aprender a dançar serão inevitáveis. E o domínio das atividades básicas está relacionado com a autoestima e a confiança, que são elementos essenciais para a formação psicológica e emocional do indivíduo.

Na escola e em casa, diversas ações podem ser orientadas a fim de estimular a psicomotricidade da criança, sempre prezando pelo equilíbrio entre atividades lúdicas que estimulam o corpo, a mente, o emocional e o social.

Gincanas em grupo que misturam diferentes habilidades, atividades que estimulam a troca de ideias e a autoexpressão, permitindo explorar espaços e estimulando o uso do equilíbrio, da lógica e da coordenação motora são um bom caminho para desenvolver experiências que prezam pela formação individual e social da criança. Essas atividades costumam contar com o uso de equipamentos divertidos e educativos que podem estar disponíveis tanto no ambiente escolar quanto em casa, como cordas, caixas, tintas, elásticos, papelaria e instrumentos musicais.

Nas escolas, atividades como essas, realizadas fora do ambiente da sala de aula, podem ser benéficas para a formação psicomotora do indivíduo e são um bom indicativo de que o espaço escolar é adequado para formação holística do ser humano.

 

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